Mostrar mensagens com a etiqueta crise. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta crise. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 27 de julho de 2010

___________________________________________

Quem ouvisse Louçã comentar os resultados dos testes de ‘stress’ à banca portuguesa concluiria, facilmente, que a arrogância palavrosa da intelectualidade da chamada esquerda radical encontrou, no ambiente de indignação popular contra a miséria e a corrupção, o mais potente dos estímulos que as almas pouco ou nada sinceras necessitam para livrar-se do último vestígio de compostura: um pretexto moralizante. Quando a leviandade, a tolice, a arrogância pretensiosa são convidadas a subir ao palanque para discursar em nome da "ética", não há mais limites para os progressos da inconsciência: a moralidade é o último refúgio dos imbecis. Quanto a mim não tenho duvida: estamos perante o mais vetusto imbecil português, quiçá, de todos os tempos!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

sexta-feira, 9 de julho de 2010

A era da grande instabilidade, dizes?

Ok caro, já sabemos como funciona. Mais um para nos Roubini a carteira. Mas agora troque de posição; e conceba um jovem comum, como eu, bem educado ou homem letrado com formação superior numa escola pública ou faculdade, quando dá de caras com um livro como este (na imagem) — digamos, um livro que nos ajuda a prevenir saraivadas económicas como a actual crise; um livro de auto-ajuda, portanto. -"Vem mesmo a calhar!" - diz o jovem que eu sou; e mais, ainda digo que de nove hipóteses em dez, este jovem bem-educado (eu) não sabe o que irá encontrar naquele precioso volume: pensa que irá encontrar uma lição sobre a capacidade de vencer as crises com política, sociologia, forma de governo, enfim, uma série de noções científicas e abstractas que estão sobre a mesa – a menos que o autor seja demais e inove, bah…querias! - no nosso adorável (como um porco espinho) espírito do tempo? Aliás, encontrará tudo aquilo que poderia ser aconselhado por um crente do “Socialismo”? Um Manuel Maria qualquer? Para quê, então, não me poupar à descoberta de mais uma dourada e fervilhante lição sobre a capacidade dos anjos se equilibrarem em agulhas. Porquê?

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Os flatos:

Vi a semana passada o “plano inclinado”, e mais, vi e gostei. Gostei por ter sido esclarecedor nos mecanismos da demência colectiva a que nos arrastaram alguns opiniativos depressivos na ânsia desabrida e folclórica de vir dizer depois: "eu bem avisei". Pessimistas de brincadeira, pessimistas fátuos e mil vezes pessimistas de trazer por casa. Ora ora, deixem-se de merdas, se nem sequer têm uma resposta válida à pergunta “ao invés vamos fazer o quê”? Que eu com os pares de olhos e ouvidos que a terra há-de comer (espero que daqui a muito tempo), também não tenho resposta nem ninguém me pediu opinião, mas, estive atento à demanda da Filomena Mónica e à resposta do pessimista encartado. E, já agora, não que eu próprio, sem exageros fátuos ou de circunstância, não seja pessimista, sou-o, desde os meus três anos quando percebi o grau e dimensão da perversidade de um não, e a culpa é da minha mãe. Agora, que falta de pachorra, e é muita, pelos tristes que exageram a tendência que o homem comum tem de reconhecer situações desagradáveis. Ora, se é verdade que de facto o homem comum, sobretudo se for português e se for português governante por cima, exagera na dose de optimismo, não é menos verdade, que estar a reconhecer a toda à hora as maldades da existência como quem está flato é pura demência digna de ser tratada em hospício e tem que ser levado em conta para estabelecer o fiel da balança. Chega de bagunça miserável e desonestidade intelectual! Antes, sejamos claros e nada pífios: a situação está grave? Está. Tem solução? Talvez não. E daí? Vamos ensandecer colectivamente e espetar os dedos na cara do próximo a gritar a plenos pulmões os nossos diagnósticos apressados, traçando o mapa da diluição do país e de caminho o nosso pedido de exilio não na Espanha que está como está, mas em Angola? Ora, serenem, baixem a voz, controlem os fígados e o nervosismo, de seguida peguem no raio dos diagnósticos artilhados para passarem à acção, se faz favor, e se não for pedir desmasiado; ou, ao invés, não querendo, se a birra for mais forte que tudo, então, metam-nos num sitio escuro, húmido e fedorento que normalmente se encontra no fundo da vossas costas. Neste país, o pessimista fátuo e flato passa o tempo a chutar nas muletas do inválido como se com o seu perorar sobre as várias verdades com que enche a boca, provocasse o milagre de ver o coxo a andar sem mancar. Por outro lado, é ve-los, paradoxalmente, a aramarem de vitimas ou ignorados dei ex machina, e sendo quem são, a maioria exqualquer coisa importante nesta terceira república, não augura nada de bom para o futuro das nossas instituições. Bom, não lhe basta espicaçar o pobre com o seu handicap, não, tem que fazer tiro ao alvo ao seu apoio até o fazer cair. Não seria grave, se este desporto não estivesse a ser praticado em doses cavalares com a própria nação. A nação está doente e a usar muletas, e alguns, apenas a tentar deita-la ao chão. Aliás, não deixa de ser frequente ao ouvir este tipo de gente, depararmo-nos com teorias que só espelham um dos lados da verdade que tanto gáudio se faz de possuir, admitindo, apenas, as teorias que causam um efeito de repulsa nos outros; para estes, se algo tem duas explicações possíveis, a explicação real deve ser necessariamente a mais feia. E se não for, vamos fazer figas para que sim, certo?