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terça-feira, 22 de junho de 2010

PACHECO, NÃO ÉS PORRA NENHUMA:

Pacheco, tu não és porra nenhuma até prova em contrário. A prova não pode ser fornecida por ti, pois, afinal, tu não és porra nenhuma. Moral: não existe auto-evidência em política, apenas pessoas com apoio e sem apoio, os que decidem e os que dão suporte. E tu, foste.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

POLITIZAÇÃO DA URBE E A CIVILIZAÇÃO EM RISCO:

Assiste-se, como nunca, a uma intensa politização da urbe. Nem sempre acompanhada da necessária, sim necessária, clarividência, ou, pelos menos, uma mínima noção do que se diz e se pretende significar. Estamos pois a dar cumprimento à profecia de Napoleão Bonaparte (1769-1821) no início do século XIX. Ali, já decadente, o Corso fazia a profecia terrível de que a politização seria o destino irreversível dos tempos modernos, e dando a entender ter sido um leitor aplicado de Maquiavel, vinha vaticinar um futuro em que os homens haveriam de politizar tudo, desprezando qualquer coisa que se pretendesse colocar acima da política. Trocando por miúdos, o que quero dizer, é que o precioso conjunto de valores morais e culturais que sustentando a civilização, têm sido o baluarte da vida cívica em democracia, estão a sair de cena. No seu lugar, entrou o bárbaro espectáculo da disputa voraz por poderes e ideias – ou seja, um tempo de pobreza do espírito. Ora, como não poderia deixar de ser, esta nova focagem da política, feita da forma mais trauliteira, levou à transmutação do próprio discurso político, agora, auxiliado com o recurso a ferramentas outrora só possíveis no campo da justiça. Trata-se da política do vale tudo em proporções nunca vistas.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O FEIO

Pessoas incrédulas marimbam-se diante de fenómenos paranormais. Eu sou um incrédulo, às vezes. A propósito, já ouviram falar de um tal relatório de uma tal comissão parlamentar? A paranormalidade da dita obra lembra que o que distingue a maioria dos órgãos colegiais neste país é a imbecilidade colectiva. Os místicos islâmicos diriam que aquele que se recusa a curva-se ante o mistério supremo de Alá acaba ajoelhado ante miúdos "djins" (forças subtis da natureza terrestre). Mais adiante. O hábito de rotular de "espiritual" tudo o que esteja para além do material e do sensível, mesmo meras forças materiais subtis que não escapam totalmente à esfera de interesse da física, reflecte a propensão de enaltecer galinhas pretas. Fenómenos como aqueles invocados pelo paranormal, extremo de uma forma de espírito, manifestam apenas aquilo que na Índia se denomina “siddhis” (poderes), e os “siddhis” não merecem mais atenção da parte dos homens incrédulos do que o processo de fabricação de botões dourados para as fardas militares. Deve ser mais ou menos por isso que os ET’s e outras coisas, como os vampiros, passaram a estar na moda também. Primeiro, o tipo deixa de acreditar em Deus. Beleza. Daí é um pulo para a demência. O feio a usurpar o seio da bela.