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quinta-feira, 24 de junho de 2010

Blasfémias tantas cá vai disto:

Existem pessoas que fazem de nós melhores, no meu caso, só mais um bocadinho porque eu sou já bem fornecido (em todos os sentidos). Uma dessas pessoas é a sapatona que escreve no blog blasfémias e, para ela, especialmente, uma citação:

“O acto de cuspir pratica-se geralmente a três compassos musicais; os dois primeiros são os sons de aspirar e limpar a garganta como preparativo do compasso final de cuspir, que se executa com rápida força; staccato depois de legato. Não me importam na realidade os germes que assim povoam o ar, se o acto de cuspir se realiza esteticamente. (…)”

“A Importância de Viver”, By Lin Yutang

Comissão PT/TVI

Ui, tanta gente preocupada. Eu, pelo contrário, vejo neste inquérito e relativo relatório, a mesma senha, sei lá, do plano inclinado e de todos os planos inclinados deste pais que fazem de um tavares qualquer coisa (antes ou depois) um não arguido e do Sócrates arguido pela prática do mesmo tipo de crime. Penso mesmo que tudo isto é um motivo para se comemorar os anos de 2008, 2009 e 2010. E saber que a partir de agora, somos todos mais puros e honestos na nossa tantas vezes apenas lembrada na literatura: grande filhaputice. Já não dá para perder um segundo sequer com estas tribos. É um bom exemplo de cultura ter alguma coisa e não ligar. Sei, no entanto, que esse sou eu, mas eu sou melhor que a maioria. Não por acaso, sinto-me mais elevado, e com uma vaga mas persistente vontade de dançar. Nada torna um ambiente mais sofisticado do que sabermos a realidade à nossa volta como um conjunto de almas cuidadosamente marteladas e cuja verticalidade foi esquecida algures numa caixa de sapatos. Por todos um: obrigado, Pacheco Pereira!

terça-feira, 22 de junho de 2010

PACHECO, NÃO ÉS PORRA NENHUMA:

Pacheco, tu não és porra nenhuma até prova em contrário. A prova não pode ser fornecida por ti, pois, afinal, tu não és porra nenhuma. Moral: não existe auto-evidência em política, apenas pessoas com apoio e sem apoio, os que decidem e os que dão suporte. E tu, foste.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

POLITIZAÇÃO DA URBE E A CIVILIZAÇÃO EM RISCO:

Assiste-se, como nunca, a uma intensa politização da urbe. Nem sempre acompanhada da necessária, sim necessária, clarividência, ou, pelos menos, uma mínima noção do que se diz e se pretende significar. Estamos pois a dar cumprimento à profecia de Napoleão Bonaparte (1769-1821) no início do século XIX. Ali, já decadente, o Corso fazia a profecia terrível de que a politização seria o destino irreversível dos tempos modernos, e dando a entender ter sido um leitor aplicado de Maquiavel, vinha vaticinar um futuro em que os homens haveriam de politizar tudo, desprezando qualquer coisa que se pretendesse colocar acima da política. Trocando por miúdos, o que quero dizer, é que o precioso conjunto de valores morais e culturais que sustentando a civilização, têm sido o baluarte da vida cívica em democracia, estão a sair de cena. No seu lugar, entrou o bárbaro espectáculo da disputa voraz por poderes e ideias – ou seja, um tempo de pobreza do espírito. Ora, como não poderia deixar de ser, esta nova focagem da política, feita da forma mais trauliteira, levou à transmutação do próprio discurso político, agora, auxiliado com o recurso a ferramentas outrora só possíveis no campo da justiça. Trata-se da política do vale tudo em proporções nunca vistas.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O FEIO

Pessoas incrédulas marimbam-se diante de fenómenos paranormais. Eu sou um incrédulo, às vezes. A propósito, já ouviram falar de um tal relatório de uma tal comissão parlamentar? A paranormalidade da dita obra lembra que o que distingue a maioria dos órgãos colegiais neste país é a imbecilidade colectiva. Os místicos islâmicos diriam que aquele que se recusa a curva-se ante o mistério supremo de Alá acaba ajoelhado ante miúdos "djins" (forças subtis da natureza terrestre). Mais adiante. O hábito de rotular de "espiritual" tudo o que esteja para além do material e do sensível, mesmo meras forças materiais subtis que não escapam totalmente à esfera de interesse da física, reflecte a propensão de enaltecer galinhas pretas. Fenómenos como aqueles invocados pelo paranormal, extremo de uma forma de espírito, manifestam apenas aquilo que na Índia se denomina “siddhis” (poderes), e os “siddhis” não merecem mais atenção da parte dos homens incrédulos do que o processo de fabricação de botões dourados para as fardas militares. Deve ser mais ou menos por isso que os ET’s e outras coisas, como os vampiros, passaram a estar na moda também. Primeiro, o tipo deixa de acreditar em Deus. Beleza. Daí é um pulo para a demência. O feio a usurpar o seio da bela.