terça-feira, 22 de junho de 2010

A BICHARADA NÃO QUER SER SALVA:

Ainda que, discordemos de certas ideias que gostamos, o simples fato de continuarmos a burilar com elas atesta sua importância. Importância, claro está, subjectiva; mas nenhum mal há nisso. Mas vamos ao texto que me motivou a escrever isto. Trata-se de um post do Pedro Lains, uma resenha de uma ideia recorrente: somos um povo de incapazes, que nunca aproveitámos as oportunidades. Diz o Pedro, e bem, que o crescimento não é uma coisa de capacidade de aproveitar oportunidades: é uma coisa de capacidade de aproveitar oportunidades e de oportunidades. E que apenas o que nos deram foi menos do que o que deram a outros países, nações, povos, ou o que se queira. De certa maneira tem razão. Mas não toda. Sobretudo, porque, em Portugal existe a estranha mania de nos perdermos em réplicas e tréplicas, e com isso, perdemos também a oportunidade, ou, diminuímo-la tanto, que o tal custo de oportunidade fica superior ao proveito. Para quem tem seguido a sociedade portuguesa e as suas indefinições, constantes indefinições dos entendidos, percebe facilmente: que a bicharada lusa é responsável pelos buracos da sua Arca e o Noé que nos vai calhando anda, permanentemente, à caça de Gambozinos.

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