quinta-feira, 24 de junho de 2010

A vuvuzela de serviço:

As caras de certos homens transpiram burrice. O tipo da fotografia é um deles.
É mais delambido e concupiscente quando tenta ser lânguido, mais desastrado e espalha brasas quando tenta ser subtil, mais cocabichinhos, prosaico e mesquinho quando tenta ser refinado. É vê-lo naquela chinesice inclinada ou lá o que é, ou, no seu quarto dos fundos quando exerce o ofício de sopeira da SIC-N, a competir em inteligência com uma bola de futebol. Na realidade, quando fala, existe uma espécie de vuvuzela baixinha de fundo que soa a quando Bertrand Russell visitou a China e escreveu uma carta a um amigo: “estou a conversar diariamente com os dez homens mais inteligentes do mundo”. No caso do patíbulo não é do mundo, mas, outrossim, do que ele. Aliás, penso que o show depressivo que tem tentado com outros três estarolas se deveria chamar esférico inclinado, fazendo jus ao seu imenso capital de complexa personagem esférica. Não faz sentido? O tipo também não.

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