terça-feira, 29 de junho de 2010
Uma das melhores falas num dos piores filmes:
I… I used to make long speeches to you after you left. I used to talk to you all the time, even though I was alone. I walked around for months talking to you. Now I don’t know what to say. It was easier when I just imagined you. I even imagined you talking back to me. We’d have long conversations, the two of us. lt was almost like you were there. I could hear you, I could see you, smell you. I could hear your voice. Sometimes your voice would wake me up. It would wake me up in the middle of the night, just like you were in the room with me. Then… it slowly faded. I couldn’t picture you anymore. I tried to talk out loud to you like I used to, but there was nothing there. I couldn’t hear you. Then… I just gave it up. Everything stopped. You just… disappeared. And now I’m working here. I hear your voice all the time. Every man has your voice. Aqui.
Oh come to me again as once in …
Oh, the tumultuous horrors of five thousand shattering awakenings, each more frightful than the last, from a place where even love could not penetrate, and save in the thickest flames there was no courage…
The Pessimist:
Nothing to do but work,
Nothing to eat but food,
Nothing to wear but clothes
To keep one from going nude.
Nothing to breathe but air
Quick as a flash ‘t is gone;
Nowhere to fall but off,
Nowhere to stand but on.
Nothing to comb but hair,
Nowhere to sleep but in bed,
Nothing to weep but tears,
Nothing to bury but dead.
Nothing to sing but songs,
Ah, well, alas! alack!
Nowhere to go but out,
Nowhere to come but back.
Nothing to see but sights,
Nothing to quench but thirst,
Nothing to have but what we’ve got;
Thus thro’ life we are cursed.
Nothing to strike but a gait;
Everything moves that goes.
Nothing at all but common sense
Can ever withstand these woes.
By Benjamin Franklin King (1857-1894)
Nothing to eat but food,
Nothing to wear but clothes
To keep one from going nude.
Nothing to breathe but air
Quick as a flash ‘t is gone;
Nowhere to fall but off,
Nowhere to stand but on.
Nothing to comb but hair,
Nowhere to sleep but in bed,
Nothing to weep but tears,
Nothing to bury but dead.
Nothing to sing but songs,
Ah, well, alas! alack!
Nowhere to go but out,
Nowhere to come but back.
Nothing to see but sights,
Nothing to quench but thirst,
Nothing to have but what we’ve got;
Thus thro’ life we are cursed.
Nothing to strike but a gait;
Everything moves that goes.
Nothing at all but common sense
Can ever withstand these woes.
By Benjamin Franklin King (1857-1894)
Sinais de Fogo:
O desprezo é a minha distinção e é a distinção dos melhores portugueses. Tenho para mim que o português é a melhor língua para desprezar. Bom, adiante. Estou sentado a um canto da sala. Ao meu lado está a descansar de ser manuseado freneticamente os “Sinais de fogo” do Jorge de Sena, esse desprezado. Na minha cabeça vai uma ideia insistente sobre o personagem Jorge: “Há algo de trágico no enorme número de jovens, que começam a vida com perspectivas perfeitas e acabam por adoptar alguma profissão útil”. Eis senão quando, no apartamento ao lado, os vizinhos, um homenzinho sério e seco e uma matrona baixa e de ancas largas, riem. Apuro os ouvidos. É só o que qualquer pessoa normal faria, mas eu não (Deus sabe que eu não sou uma pessoa normal); desloco-me e encosto o ouvido. O Homenzinho Sério está, parece, em êxtase, e pede, por favor, que ela o deixe enfiar? O quê? Repete várias vezes e aí tenho a certeza: o gajo quer anal e repete para que ela se convença, mas a tipa resiste. E ele não se limita a repetir a frase, porque os gritos a seguir devem ser audíveis a três quarteirões. Posso resistir a tudo, menos à tentação de me rir quando encontrar a gorducha vizinha sodomizada no elevador. E ela vai gemendo, chorando, e pedindo, já exausta, pela ajuda do seu Deus. Volto ao livro e penso: não poderia haver melhor ambiente para os “Sinais de Fogo”.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
O Lord:
Lord que eu fui de Escócias doutra vida
Hoje arrasta por esta a sua decadência,
Sem brilho e equipagens.
Milord reduzido a viver de imagens,
Pára às montras de jóias de opulência
Num desejo brumoso – em dúvida iludida…
(Por isso a minha raiva mal contida,
- Por isso a minha eterna impaciência).
Olha as Praças, rodeia-as…
Quem sabe se ele outrora
Teve Praças, como esta, e palácios e colunas –
Longas terras, quintas cheias,
Iates pelo mar fora,
Montanhas e lagos, florestas e dunas…
(- Por isso a sensação em mim fincada há tanto
Dum grande património algures haver perdido;
Por isso o meu desejo astral de luxo desmedido -
E a Cor na minha Obra o que ficou do encanto…)
(By Mário de Sá Carneiro)
Hoje arrasta por esta a sua decadência,
Sem brilho e equipagens.
Milord reduzido a viver de imagens,
Pára às montras de jóias de opulência
Num desejo brumoso – em dúvida iludida…
(Por isso a minha raiva mal contida,
- Por isso a minha eterna impaciência).
Olha as Praças, rodeia-as…
Quem sabe se ele outrora
Teve Praças, como esta, e palácios e colunas –
Longas terras, quintas cheias,
Iates pelo mar fora,
Montanhas e lagos, florestas e dunas…
(- Por isso a sensação em mim fincada há tanto
Dum grande património algures haver perdido;
Por isso o meu desejo astral de luxo desmedido -
E a Cor na minha Obra o que ficou do encanto…)
(By Mário de Sá Carneiro)
Da imortalidade de algumas personagens:
"But there can be no grave for Sherlock Holmes or Watson . . . Shall they not always live in Baker Street? Are they not there this instant, as one writes? . . . Outside, the hansoms rattle through the rain, and Moriarty plans his latest devilry. Within, the sea-coal flames upon the hearth, and Holmes and Watson take their well-won ease . . . So they live still for all that love them well: in a romantic chamber of the heart: in a nostalgic country of the mind: where it is always 1895."
(By Vincent Starrett, no livro The Private Life of Sherlock Holmes -1933)
(By Vincent Starrett, no livro The Private Life of Sherlock Holmes -1933)
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Porque não sou conservador:
“O conservadorismo natural… é uma atitude contrária à mudança, que decorre em parte de certa desconfiança em relação ao desconhecido”.
(By Lord Hugh Cecil, Conservatism - “Home University Library” [Londres, 1912], página 9)
(By Lord Hugh Cecil, Conservatism - “Home University Library” [Londres, 1912], página 9)
Um grande sacrifício:
Por que raio vemos constantemente os conservadores e tradicionalistas a chamarem autores liberais como se o conservadorismo e o liberalismo fossem fruto da mesma cepa? A explicação adiantada por Hayek é simples e concisa: o conservadorismo foi completamente incapaz de elaborar um conceito geral sobre a maneira pela qual a ordem social consegue sustentar-se, e os seus defensores modernos, ao tentar construir uma base teórica, acabam quase sempre por apelar quase exclusivamente aos autores que se consideravam liberais. Macaulay, Tocqueville, Lord Acton e Lecky certamente que se consideravam liberais e com justiça; e mesmo Edmund Burke permaneceu um Whig da velha guarda até o fim e estremeceria à simples ideia de ser considerado um Tory. Jesus credo!
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Scarlett Johanssom e o silicone ou campanha promocional deste blog:

A vuvuzela de serviço:

É mais delambido e concupiscente quando tenta ser lânguido, mais desastrado e espalha brasas quando tenta ser subtil, mais cocabichinhos, prosaico e mesquinho quando tenta ser refinado. É vê-lo naquela chinesice inclinada ou lá o que é, ou, no seu quarto dos fundos quando exerce o ofício de sopeira da SIC-N, a competir em inteligência com uma bola de futebol. Na realidade, quando fala, existe uma espécie de vuvuzela baixinha de fundo que soa a quando Bertrand Russell visitou a China e escreveu uma carta a um amigo: “estou a conversar diariamente com os dez homens mais inteligentes do mundo”. No caso do patíbulo não é do mundo, mas, outrossim, do que ele. Aliás, penso que o show depressivo que tem tentado com outros três estarolas se deveria chamar esférico inclinado, fazendo jus ao seu imenso capital de complexa personagem esférica. Não faz sentido? O tipo também não.
Abrantes, francamente!
Então não sabes que "não há nada que chateie mais um escoteiro do que uma velhinha que consegue atravessar a rua sozinha"?
(By Richard Mitchell, o Underground Grammarian)
(By Richard Mitchell, o Underground Grammarian)
Avesso do reviralho:
Não faço a menor ideia do motivo pelo qual a maioria dos meus contemporâneos são desprezíveis, mas eu desprezo-os profundamente. Ah, antes que me esqueça outra coisa. O primeiro-ministro já não é levado a sério por ninguém hoje em dia; o que é mais um motivo para estar do lado dele. Adoro os políticos caídos em desgraça, assim como adoro escritores, treinadores de futebol e até chefes de que ninguém gosta por serem arrogantes e escapadiços como enguias. Também eu sou arrogante e escapadiço como uma enguia, que o diga a menina que foi ontem beber copos comigo. Todos eles, os odiados, sem excepção, compartilham comigo o serem o avesso do reviralho.
Blasfémias tantas cá vai disto:
Existem pessoas que fazem de nós melhores, no meu caso, só mais um bocadinho porque eu sou já bem fornecido (em todos os sentidos). Uma dessas pessoas é a sapatona que escreve no blog blasfémias e, para ela, especialmente, uma citação:
“O acto de cuspir pratica-se geralmente a três compassos musicais; os dois primeiros são os sons de aspirar e limpar a garganta como preparativo do compasso final de cuspir, que se executa com rápida força; staccato depois de legato. Não me importam na realidade os germes que assim povoam o ar, se o acto de cuspir se realiza esteticamente. (…)”
“A Importância de Viver”, By Lin Yutang
“O acto de cuspir pratica-se geralmente a três compassos musicais; os dois primeiros são os sons de aspirar e limpar a garganta como preparativo do compasso final de cuspir, que se executa com rápida força; staccato depois de legato. Não me importam na realidade os germes que assim povoam o ar, se o acto de cuspir se realiza esteticamente. (…)”
“A Importância de Viver”, By Lin Yutang
Comissão PT/TVI
Ui, tanta gente preocupada. Eu, pelo contrário, vejo neste inquérito e relativo relatório, a mesma senha, sei lá, do plano inclinado e de todos os planos inclinados deste pais que fazem de um tavares qualquer coisa (antes ou depois) um não arguido e do Sócrates arguido pela prática do mesmo tipo de crime. Penso mesmo que tudo isto é um motivo para se comemorar os anos de 2008, 2009 e 2010. E saber que a partir de agora, somos todos mais puros e honestos na nossa tantas vezes apenas lembrada na literatura: grande filhaputice. Já não dá para perder um segundo sequer com estas tribos. É um bom exemplo de cultura ter alguma coisa e não ligar. Sei, no entanto, que esse sou eu, mas eu sou melhor que a maioria. Não por acaso, sinto-me mais elevado, e com uma vaga mas persistente vontade de dançar. Nada torna um ambiente mais sofisticado do que sabermos a realidade à nossa volta como um conjunto de almas cuidadosamente marteladas e cuja verticalidade foi esquecida algures numa caixa de sapatos. Por todos um: obrigado, Pacheco Pereira!
Amazing Discovery Concerning the True and Bizarre Nature of the Universe!
Li, reli, não acreditei. Voltei a ler, devia ir dormir, mas estou tão acordado como chocado – a um dedo de distância da Grande Revelação. E, no entanto, tenho que dormir, vou dormir. Blast! By Gum!
Etiquetas:
avôs e netos,
melhor,
nuas,
nuno ramos de almeida,
scarlett toda nua,
tio de morais
Os flatos:

Etiquetas:
crise,
medina carreira,
plano inclinado
quarta-feira, 23 de junho de 2010
AS SCUTS E O DESBOCADO:

(By Câmara Corporativa)
terça-feira, 22 de junho de 2010
O TEMPO E O DESMODO II:

O TEMPO E O DESMODO:

O COMBO DA AMADORA:

CANALHAS TRANSLÚCIDOS IV:

Etiquetas:
João Gonçalves,
portugaldospequeninos
A BICHARADA NÃO QUER SER SALVA:

Etiquetas:
economia,
noe,
pedro lains,
política
CANALHAS TRANSLÚCIDOS II:

Etiquetas:
João Gonçalves,
portugaldospequeninos
CANALHAS TRANSLÚCIDOS:
(by Nelson Rodrigues).
Etiquetas:
igreja,
João Gonçalves,
nelson rodrigues
segunda-feira, 21 de junho de 2010
POLITIZAÇÃO DA URBE E A CIVILIZAÇÃO EM RISCO:

sábado, 19 de junho de 2010
1022 - 2010
sexta-feira, 18 de junho de 2010
DOS ÓPIOS:
Durante boa parte do séc. XX muitos foram aqueles que tentaram resgatar as massas populares da droga. Estes terapeutas encartados e suficientemente dogmatizados, erigiram grandiosos centros de reabilitação e utilizaram a metadona marxista à descrição. Para no final, se descobrir, que também os terapeutas se tornaram drogados.
COMO MORRE UM DANADO? PELA BOCA:

O FEIO

O RESSENTIMENTO DO ILUMINADO OU O JOÃO PEQUENO QUE QUERIA SER PREFEITO:

O FORREST GUMP DA BLOGOSFERA

Etiquetas:
João Gonçalves,
portugaldospequeninos
quinta-feira, 17 de junho de 2010
ECCE HOMO:

terça-feira, 15 de junho de 2010
BEM VINDO:
Pois é. O "Requisição Civil" pretende ser um web log, isto é: um diário. Portanto, necessariamente indefinido, melhor, a deambular sobre o que estiver a mexer (nas artes, literatura, política e ideias, invariavelmente minhas sem desdenhar ir busca-las a outros). Vai ser mantido por Paulo Nobre, e não tendo mais ninguém para assacar responsabilidades pelo que vier a ser publicado, sempre direi, que um Web log é isso mesmo e este é independente de partidos, igrejas, grupos económicos ou lóbis de qualquer género e, até ver, de eventuais leitores. É livre e cultor da liberdade e até da liberdade maior de quem escreve num diário: escrever por desporto e para ninguém. (Agora ponho o monóculo e digo uma blague) oh, nem sequer estou sempre de acordo comigo mesmo (i say kinky, very kinky), mas, ainda, sou homem livre e de bons costumes, e não é coisa pouca. Requisição Civil por que sim.
Subscrever:
Mensagens (Atom)