quarta-feira, 14 de julho de 2010

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Reler o “Admirável Mundo Novo” do Huxley e finalmente intuir: isto não é uma utopia, uma especulação sobre um futuro possível; trata-se, outrossim, duma percepção antes de tempo do nexo entre uma pluralidade de modas e escolas de pensamento que floresciam na época em que o romance foi escrito, e que constituem a matriz, não somente do mundo possível no século VII d.f. (Depois de Ford), mas do mundo em que vivemos hoje. Huxley, com efeito, percebeu não só a unidade subjacente às idéias dominantes do seu tempo, como antes de tempo desvendou o nosso modo de existir actual que contempla pessoas como o Francisco Louçã: não é o Louçã um cocktail determinado por concepções de Lenin e Ford, Margareth Mead e H. G. Wells, Malinowski e Pavlov?

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