quarta-feira, 21 de julho de 2010

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O que acontece quando dois portuguesinhos patetas fazem força para pensar? Tentam apoucar ou desdenhar alguém que não é só adversário, não é só quem discorda deles, é acima de tudo e apenas, o inimigo. Os portuguesinhos patetas têm um único pensamento e são militantes nele: só pensam em destruir; penso mesmo que só vivem para isso, e para mais, encontraram na Internet, o lugar para ter os orgasmos que provavelmente não conseguem na vida real. É, pois, caso de demência. Adiante. Orgasminhos à parte, às tantas, os escribas espanta-me ao falarem de ética (não importa em que contexto), palavra que na sua boca devia queimar. Ora, para um portuguesinho pateta, não existe ética, não existe moral onde não existe amor à verdade, e não existe amor à verdade onde não existe a paciência de a ir buscar. Quando estes senhores tão desacompanhados de seriedade, tratam de perder tempo em deambulações para consagrar-se à tarefa auto-assumida de "fazer sangue" a inimigos que só existem na sua cabeça demente; de moldar o mundo à sua imagem e semelhança, de derrubar alguém e inventar histórias, a sua consciência já está ao nível do cabo de partidos e dos incitadores de desordens. Nesse momento, costumava dizer Eric Voegelin, os personagens mais desprezíveis e caricatos, que numa situação normal seriam votados ao esquecimento ou ao ridículo, adquirem súbito relevo como encarnações literais e rasas dos caprichos da multidão enfurecida que, na desorientação geral, se afirmam como um "Ersatz" do bem e da justiça. Daí a publicar em livro as suas excrescências vai um passo. É evidente que tudo isto está controlado, enquanto estivermos a falar de doidos que escrevem em blogs, pois os doidos que por aqui escrevem e os que por aqui passam (excepto alguns como eu), também não saem daqui para lado nenhum, tal é o medo de serem arrastados por uma qualquer camioneta de recolha de bichos e bichas com raiva. Ora, noutras épocas, esta gente, que adivinho de estrato social humilde que, pelos seus méritos e esforços pessoais, se elevava acima de seus pares sem perder o elo de alguma fidelidade com o meio de origem, era obrigada a escrever em jornais, hoje, está condenada a escrever em blogs, enquanto beneficia de um emprego público qualquer. Hoje, ou é um diplomado que se disfarça de proletário, a imitar no vestuário e na fala dos pobres (o que é no mínimo um desrespeito), ou é algum filho do acaso, que, vindo de baixo e desfrutando à larga de seu novo padrão de vida, insiste em conservar e alardear com orgulho sua condição originária de pessoa de poucas letras, choramingando sua exclusão dos meios "elitistas" e promovendo a identificação, altamente difamatória, da pobreza com a ignorância. Pois é, dói muito não ter tempo de antena.

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